Em 1508 a Comenda da Ega tinha 8 casais e meio arrendados em Casével, que pagavam de foro anualmente um alqueire de trigo, um capão e dez ovos. No entanto, esta povoação foi habitada desde o Neolítico, a comprovar-se pelo Vaso encontrado em 1979 por um agricultor nos campos de Casével. Presume-se que os romanos terão também passado por esta localidade. Segundo a narrativa oral, muitos fazem alusão a descobertas de peças de cerâmica, mosaicos, instrumentos e até ossadas que os populares julgam remontarem a essa data.
Segunda localidade mais numerosa na freguesia, apresenta ainda hoje uma organização urbanística de outros tempos. Pequenas ruas, travessas e cantos marcam de uma forma muito particular a vivência entre vizinhos.
Casével apresenta uma população muito envelhecida, onde o desemprego afeta muitos, em particular os mais novos. Graças à abundância da água e à passagem do rio, que a partir desta localidade assume o nome de Rio Ega, muito do sustento passa pela agricultura.
No Verão, com o esforço dos agricultores, a água do rio percorria as regadias e saciava a sede das culturas agrícolas. Não havia um pedaço de terra que ficasse por cultivar. Era milho, batata, feijão, horta, pomares, olival. A população dependia assim da água e das pequenas parcelas que cultivavam.
O artesanato de Casével já foi muito conhecido na região.
Antigamente artesãos faziam caçoilas de barro preto, que depois vendiam em feiras ou porta-a-porta. Estas davam um sabor característico à chanfana, (carne de cabra velha assada no forno) um dos pratos típicos da Freguesia.
Em Casével há ainda uma destilaria que todos os anos funciona, permitindo que se continue a produzir boa aguardente nas terras da Ega.