A Rebolia situa-se entre a Serrazina e Relves. Uma das atividades que a caracterizava era a produção de cal, tendo chegado a existir três fornos a laborar em simultâneo. Apesar de já não existir nenhum forno no local, a população da Rebolia soube durante séculos aproveitar o que a natureza lhe oferecia e com a rocha dominante, o calcário, o coberto vegetal (a floresta de pinheiro, carvalhos e outras espécies), e a força e persistência das famílias, desenvolveram esta atividade.
Além disso a população tinha rebanhos e vacas leiteiras, o que permitia o fabrico de queijo e a venda de leite.
Também existiam dois lagares de azeite, o do Ramiro e do Martins, tendo um deles funcionado até meados da década de noventa do século XX.
Nos anos cinquenta do século XX foi muita gente trabalhar para a Borda d'Água. Eram empregos sazonais que mobilizavam a maioria da população ativa, sendo que no restante tempo se cavava vinha, sulfatava, ou andava à jorna na apanha da azeitona, do figo ou até do tomate na Quinta de Baixo em Soure. Na década de sessenta, fruto dos fluxos migratórios, quase toda uma geração emigrou para a Europa. Hoje quase todos voltaram e têm o seu bocado de terra.
O declínio da arte/ofício levou à destruição de muitos fornos de cal e hoje em dia é muito difícil encontrar algum na freguesia da Ega. O aparecimento e o uso popularizado do cimento, das tintas sintéticas e da utilização de fornos industriais contribuiu para este desaparecimento.