Termas da Arrifana
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D. Pilar, proprietária das Termas
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Termas da Arrifana |
As termas têm propriedades reconhecidas para cura de doenças de pele e de estômago. Nas atas de Condeixa de 1958 dá-se conta de que a água das Termas da Arrifana era de altos efeitos benéficos na cura das doenças de pele e que eram as únicas que no concelho e suas redondezas poderiam ser utilizadas pelas classes pobres que, pela sua situação económica, estariam impossibilitadas de se deslocar a outras instâncias termais onde fossem ministrado tratamentos adequados.
Nas termas da Arrifana havia a tradição de ir a banhos na noite de S. João. Dizia-se que nesta noite as águas tinham poderes curativos extraordinários. A fama era tanta que o local enchia-se de gente, vinda de vários pontos do país. Chegavam na véspera e montavam tendas para acampar. Depois iam a banhos e dançavam a noite toda, numa grande animação.
Existe também a construção das regadias, e canais de rega que sugerem uma linha de comboio e que levam a água às propriedades. Depois, são os agricultores que têm que a conduzir, através de formas engenhosas até às diferentes culturas que dela necessitam para se desenvolverem nos solos planos, nesta várzea do rio dos Mouros.
De facto, ao longo do ano nunca falta a água e o resultado são terrenos muito férteis, onde tudo o que se semeia pode ser colhido em abundância, para alimentação da população. Nos terrenos mais elevados a Sul temos as oliveiras que produzem azeite, e nos terrenos planos do vale existe uma policultura de milho, feijão, batatas, beterraba e diversas plantas hortícolas. Nos limites dos terrenos existem também algumas árvores de fruto.
Ao longo do caminho observam-se salgueiros brancos (
Salix alba), uma árvore de grande utilidade para o Homem. A sua madeira permite fabricar fósforos, palitos, estruturas de telhados. Os agricultores usam também os ramos jovens para atar as videiras e há artesãos que os usam em cestaria.