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Igreja Matriz de Ega ou de Nossa Senhora da Graça
Igreja Matriz de Ega
Igreja Matriz de Ega
São Jorge, fresco da Igreja
São Jorge, fresco da Igreja
  Retábulo Tríptico do Altar
Retábulo Tríptico do Altar
  Igreja matriz, interior
Igreja matriz, interior
Interior da Igreja da Ega, 1954
Interior da Igreja da Ega, 1954
  D. Afonso de Lencastre
D. Afonso de Lencastre
  Capela Santíssimo Sacramento
Capela Santíssimo Sacramento
Igreja Matriz de Ega

A reconstrução que a torna um exemplar do estilo manuelino é iniciada por volta de 1520, depois da Visitação ao edifício original feita pelos responsáveis da Ordem de Cristo entre 1507 e 1508, de que resulta o decreto para a realização de obras, apesar de o auto a descrever como um edifício em bom estado de conservação, reparada e calafetada nas paredes e telhado, e com os interiores pintados a fresco.
Para a reconstrução da Igreja Matriz é contratado o arquiteto Marcos Pires. Na década de quarenta do século XVI a direção das obras passa para Diogo de Castilho (ou para seu irmão, João de Castilho),
É a Diogo de Castilho que é atribuída a autoria da abóbada de nervuras que cobre a capela-mor da Igreja da Ega.
O edifício resultante possui uma planimetria longitudinal, de nave única, destacando-se o portal de cantaria lavrada de que constam o escudo nacional e a Cruz de Cristo. O espaço interior é parcialmente revestido por azulejos brancos e azuis do século XVII. As reparações levadas a cabo na década de sessenta do século XX revelaram murais a fresco nas paredes, escondidos até então pelos dois altares laterais. Essas pinturas constam já do auto da Visitação de 1507, havendo também vestígios de um revestimento de azulejos sevilhanos. Desde 1990 que essas paredes se encontram novamente cobertas pelos altares de talha dourada, cuja desproporção revela que não deverão ter sido construídos para aquelas paredes, avançando-se a hipótese de que terão pertencido originalmente a algum dos antigos Colégios de Coimbra. Esses altares, datados de 1620, foram desmontados na década de 60, aquando das obras, voltando ao seu lugar no final do século XX. Em 1955, a Igreja foi classificada como Imóvel de Interesse Público pelo decreto nº40 361, DG, I Série, nº228, de 20 de Outubro.

Retábulo tríptico do altar

No interior da Igreja pode apreciar-se um retábulo que fez parte do catálogo dos Primitivos Portugueses, apresentados na Exposição do Mundo Português, realizada em 1940 para comemorar simultaneamente oito séculos de nação e três séculos de independência. A obra foi mandada executar em 1543 por D. Afonso de Lencastre, na altura Comendador de Ega, e é um tríptico de madeira que representa no painel central Nossa Senhora da Graça, o menino e o próprio Afonso de Lencastre como cavaleiro ajoelhado ao lado da virgem.
Nos painéis laterais são representados a Queda de Simão Magno e a Conversão de São Paulo. No fecho do retábulo pode ver-se um medalhão com a cruz de Cristo, comprovando que a encomenda foi feita pela Ordem. A sua autoria é alvo de algumas hipóteses, avançando-se como possibilidade diversos nomes.
As iniciais GI que aparecem no retábulo estariam, durante muito tempo, na base da hipótese de que se poderia atribuir a Gregório Lopes, pintor régio de D. Manuel I e D. João III, que executou obras como a Visitação, a Anunciação ou a Adoração dos Reis Magos, expostas no Museu de Arte Antiga. No entanto o historiador Vítor Serrão, que realizou uma conferência na Igreja da Ega a 2 de Junho de 1994, avança com o nome de Diogo de Contreiras, pintor responsável pelos retábulos da Igreja de São Silvestre de Unhos, da Igreja de Almoster, da Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia de Ourém e do Convento de Santa Clara, em Santarém.

Capela do Santíssimo Sacramento

Também a Capela do Santíssimo Sacramento, situada do lado direito da nave central, tem importância histórica, sendo caracterizada, por Vítor Serrão, como um exemplar importante para a compreensão da tradição dos escultores de calcário do vale mondeguino. A autoria do retábulo atribui-se a Tomé Velho, arquiteto, escultor e pintor responsável por um conjunto de trabalhos no distrito de Coimbra, de que são exemplo o retábulo da Igreja de Cantanhede, da Igreja do Sebal Grande, as imagens existentes na Capela do Sacramento da Sé Velha de Coimbra e a Igreja da Misericórdia de Montemor-o-Velho. Em relação ao edifício manuelino original, o passar do tempo e as obras levadas a cabo ao longo dos séculos terão destruído alguns elementos e acrescentado outros. Supõe-se que em 1869 tenha perdido uma rosácea ou óculo, substituída por uma janela.

Torre Sineira

A torre sineira, semelhante à torre do Colégio dos Órfãos de Coimbra, substitui o velho campanário na mesma data. As ameias da frontaria, provavelmente pertencentes ainda ao edifício original, foram retiradas nas obras em 1964. Estas obras revelaram também uma janela de estilo manuelino emparedada, assumindo-se que terá havido uma outra da mesma época simetricamente colocada do outro lado da Igreja, o que levou à construção de uma réplica tão fiel quanto possível. No exterior, a toda a volta do edifício da Igreja encontram-se cruzes, em azulejo do século XVII, a ilustrar a Via-Sacra. Destaca-se a porta principal e a Capela-mor, em estilo manuelino, da responsabilidade de Marcos Pires.





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