Alminhas de Ega
	Alminhas de Ega

O culto dos mortos é inerente à espécie humana, facto que a História regista desde a era Neolítica. Na época Romana tornou-se comum avistar singelos monumentos erigidos em montes, encruzilhadas, entroncamentos, povoados ou caminhos para adoração dos seus deuses. Com a evangelização progressiva do povo romano, esses hábitos pagãos foram cristianizados, convertendo muitos destes monumentos em altares de invocação à oração em sufrágio das almas que purgariam no limbo entre o inferno e o paraíso. As alminhas, patentes em estelas ou capelinhas, apareceram pelos povoados ou caminhos como registos de afeição e carinho das pessoas pelos seus defuntos. O monumento das alminhas da Ega, que se encontra no caminho da Praça, em direção a Campizes, foi inicialmente edificado em pedra e mais recentemente reconstruído em cimento, pintado de branco e azul e encimado por uma cruz. Localiza-se no entroncamento de três caminhos. Para cada caminho está voltado um nicho. No interior de cada um existem imagens pintadas em azulejo, do ano 2002. Num deles está representado Nossa Senhora e o Menino com uma palma na mão, noutro Nossa Senhora e o Menino ao colo e as alminhas em fogo, e no terceiro, virado para a Praça, Cristo Crucificado sobre as almas mergulhadas em fogo. Dentro dos nichos encontram-se lampadários e velas, que são acesas à noite por algum devoto ou por cumprimento de alguma promessa.

Localização GPS:
Lat: 40.. 05' 52..N
Long: 8.. 32' 21..W