Junta de Freguesia de Ega EN | FR | DE
Infinite Menus, Copyright 2006, OpenCube Inc. All Rights Reserved.
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
Home     Património     Natural     Fauna
Fauna
Sardão Verde, Casével
Sardão Verde, Casével
Tritão, Arrifana
Tritão, Arrifana
   
   
Sardão Verde, Casével

As Aves

Apesar de esquivas, as aves são dos animais mais fáceis de observar na freguesia de Ega, bastando para isso uns binóculos ou um olhar mais atento. Com sensibilidade auditiva, mesmo que não se observem, conseguem distinguir-se pelos seus cantos melodiosos que, por vezes, fazem lembrar verdadeiras orquestras, como acontece com o chapim real (Parus major), a rola-turca (Streptopelia decaocto), o melro (Turdus merula), o rouxinol-bravo (Cettia cetti), o cuco canoro (Cuculus canorus), o cuco rabilongo (Clamator glandarius) ou a felosa-do-mato.
 Também as suas penas, coloridas como o arco-íris, são acutilantes ao olhar, como é o caso do chapim azul (Parus caeruleus), do guarda-rios (Alcedo atthis), do verdilhão (Carduelis chloris), do pica-pau malhado (Dendrocopos major), do pica-pau malhado verde (Picus viridis), da poupa (Upupa epops), do pisco de peito ruivo (Erithacus rubecula), do pintassilgo (Carduelis carduelis), do gaio (Garrulus glandarius), da pega rabuda (Pica pica), da alvéola comum (Motacilla alba), da alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea), do papa-amoras (Sylvia communis), do rabirruivo (Phoenicurus ochruros) e da perdiz (Alectoris rufa).
A águia de asa redonda (Buteo buteo), a cegonha branca (Ciconia ciconia), a gralha preta (Corvus corone), o corvo (Corvus corax), o milhafre-preto (Milvus migrans), a garça branca (Egretta garzetta) e o peneireiro-vulvar (Falco tinnunculus) são alguns exemplos de aves que podem ser facilmente reconhecidas pela sua silhueta em voo.
Durante a noite, é ainda possível ouvir ou observar pelas terras da Ega algumas aves de rapina, como o mocho-galego (Athene noctua), a coruja-do-mato (Strix aluco), a coruja-das-torres (Tyto alba) e o bufo-real (Bubo bubo), a maior ave de rapina de Portugal, cujo canto se consegue ouvir a quilómetros de distância.
Na primavera e verão também o rouxinol comum (Luscinia megarhynhos) alegra as noites com o seu canto peculiar.

Mamíferos

A freguesia de Ega possui um conjunto diversificado de biótipos que favorece a presença de um elevado número de espécies de mamíferos.

Animais de boques e matagais

Matagais e bosques, ricos em alimento e esconderijos, pode encontrar-se o texugo (Meles meles), animal que vive em complexos de tocas, as texugueiras; a geneta, (Genetta genetta) predador omnívoro com hábitos crepusculares ou noturnos, que repousa durante o dia no interior de árvores ocas, alimentando-se preferencialmente de roedores (ratos-do-campo), mas também de répteis, frutos e insetos; o sacarrabos (Herpestes ichneumon), com uma alimentação baseada em pequenos mamíferos (cujo tamanho não vai além de um coelho), aves, insetos, crustáceos, anfíbios, peixes, répteis e alguns cadáveres; a fuinha (Martes foina), que se refugia em cavidades naturais de sobreiros, azinheiras, carvalhos, na vegetação densa junto a linhas de água e ainda em habitações abandonadas e se alimenta essencialmente de frutos, pequenos mamíferos e insetos; o veado (Cervus elaphus), o maior herbívoro na nossa fauna, e o javali (Sus scrofa), animal omnívoro, com preferência por bolotas, castanhas ou batatas.

Outros alimentos que fazem parte da sua alimentação são os pequenos vertebrados como ratos, coelhos e até ovos ou os invertebrados como minhocas ou larvas de insetos. Tal diversidade de mamíferos foi registada na época romana, em vestígios de mosaicos presentes no concelho e em concelhos vizinhos que mostram a existência de algumas espécies, nomeadamente as que se caçavam na época.

Animais de matagais de floresta e campo

Aqui encontra-se a raposa (Vulpes vulpes) que escolhe as presas mais abundantes, desde pequenos roedores, coelhos e lebres, aves, insetos e fruta.
O esquilo (Sciurus vulgaris) e o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) aparecem com frequência nos pinhais. As zonas de cultivos agrícolas tradicionais são procuradas por mamíferos como o rato do campo (Apodemus sylvaticus), o ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) e a doninha (Mustela nivalis), o carnívoro mais pequeno da nossa fauna. Esta característica favorece o facto curioso de entrarem nas tocas dos roedores para se alimentarem.
Associados à arborização do rio dos Mouros e às suas margens surgem a lontra (Lutra lutra) e o toirão (Mustela putorius), um carnívoro que se alimenta de pequenos roedores, coelhos, rãs e insetos.

Mamíferos voadores

As grutas desta freguesia são locais de refúgio, hibernação e reprodução dos morcegos, como o morcego-de-ferradura grande (Rhinolophus ferrumequinum) ou o morcego de peluche (Miniopterus schreibersii).
No entanto, a sobrevivência e permanência destas espécies está dependente da manutenção da robustez dos respetivos ecossistemas, dos quais estes animais dependem, bem como dos cuidados necessários na gestão do contacto dos visitantes com estas áreas naturais para que
as populações animais, algumas muito sensíveis, não sejam prejudicadas pelas atividades de visitação.

Peixes

No rio dos Mouros é possível encontrar várias espécies de peixes, sendo algumas delas emblemáticas, quer pelo seu comportamento quer pela sua raridade. São exemplos:
O esgana-gata (Gasterosteus aculeatus), espécie que, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, tem estatuto de EN (em perigo). Curiosamente, na época de reprodução os machos constroem um ninho e estimulam uma ou mais fêmeas para nele colocarem a sua postura através de uma "dança em ziguezague".
O ruivaco (Rutilus macrolepidotus), endemismo lusitânico, que, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), tem estatuto de VU (vulnerável);
O barbo comum (Barbus bocagei), espécie endémica da Península Ibérica que, apesar de ser abundante, nos últimos anos tem sofrido uma regressão nos seus efetivos populacionais.
A enguia (Anguilla anguilla), espécie em perigo de extinção, devido aos elevados níveis de exploração e pelo declínio da qualidade da água;
A variedade de peixes existente no rio dos Mouros é uma realidade antiga. Nas Memórias Paroquiais da Ega de 1758, há indicação de que no rio existiam peixes como o escalo, os barbos,as bogas e os ruivacos.

Anfíbios

Os anfíbios, por serem animais muito sensíveis, estão dependentes de habitats aquáticos bem conservados para a sua reprodução e de habitats terrestres onde buscam refúgio e alimento. De entre os anfíbios que se encontram nos habitats ecológicos da freguesia, podemos destacar:
A salamandra-dos-poços (Pleurodeles waltl), considerado o maior anfíbio da Europa, podendo ultrapassar os 30 cm de comprimento. Habita as áreas mais profundas dos charcos e poços.
A salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra gallaica), espécie de hábitos terrestres, é a mais colorida na nossa anfíbiofauna devido às manchas. Embora inofensiva para o homem, é uma das espécies mais temida pela população.
O tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) é o mais pequeno tritão endémico da Península Ibérica. Habita charcos, poços, valas e ribeiros com pouca corrente.
O tritão-marmorado-pigmeu (Triturus marmoratus pygmaeus), também chamado de tritão-verde, é provavelmente o urodelo (anfíbio com cauda) mais fácil de observar na freguesia, preferindo habitats aquáticos sem corrente e com abundante vegetação.
A rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi) é um anfíbio de difícil observação. Tem estatuto de quase ameaçado no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e prefere prados alagadiços e pequenos charcos.
O sapinho-de-verrugas-verdes (Pelodytes punctatus) é uma da espécie de pequena dimensão com uma excelente camuflagem.
O sapo-comum (Bufo bufo) é o maior sapo da Europa e também o mais conhecido da população. Em algumas regiões é chamado de sapo-hortelão pela sua grande utilidade no controlo de pragas agrícolas.
O sapo-corredor (Bufo calamita) é um pequeno sapo de hábitos noturnos, que se desloca em pequenas corridas ao invés de saltar, pelo que prefere zonas abertas, com pouca vegetação.
A rela-comum (Hyla arborea) é uma rã arbórea com discos aderentes nas extremidades dos dedos, que atuam como ventosas, permitindo-lhe trepar às árvores, saltar de cana em cana e caminhar nas paredes, em busca de moscas, mosquitos e traças para se alimentar.
A rã-verde (Pelophylax perezi) é uma espécie muito abundante, pouco sensível à poluição e à degradação do habitat. Tal como as aves, os mamíferos e os anfíbios, os répteis também estão bem representados na freguesia, contribuindo para a biodiversidade e para o equilíbrio natural que dá ao ser humano as condições necessárias para uma vida com mais qualidade. Cabe a cada um de nós conhecer estas espécies, por vezes tão desprezadas pelas pessoas, e contribuir para a sua preservação.

Répteis

Os répteis, embora menos dependentes dos meios aquáticos (à exceção dos mais aquáticos como os cágados e as cobras de água), são igualmente exigentes relativamente ao uso da paisagem.
O cágado mediterrânico (Mauremys leprosa), que se alimenta de invertebrados e de pequenos vertebrados, mas também de plantas aquáticas.
O sardão verde (Lacerta lepida), que é o maior lagarto da fauna portuguesa e um dos mais bonitos, pode atingir 26 centímetros e tem uma cor verde forte, com manchas circulares azuis. Gosta de locais pedregosos e ensolarados e alimenta-se de invertebrados e pequenos vertebrados.
São ainda espécies presentes na freguesia: a osga (Tarentola mauritanica), o fura-moitas (Anguis fragilis), a lagartixa de cauda laranja (Podarcis hispanica), a lagartixa-do-mato-comum (Psammodromus algirus), a lagartixa-do-mato-ibérica (Psammodromus hispanica), o fura-pastos (Chalcides striatus), a cobra-cega (Blanus cinereus), a cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), a cobra-de-escada (Elaphe scalaris), a cobra-de-ferradura ( Coluber hippocrepis), a cobra-de-água-viperina (Natrix maura) e a cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix).




Facebook
Rua Prof. José Maria Gaspar
3150-256 EGA

Telf.: 239 944 768
Telm.: 960 426 188

Email: geral@jf-ega.pt

Secretaria da Junta de Freguesia:
2ª a 5ª Feira | 9 - 13 h
6ª Feira | 9 - 13 e 15 - 21 h


Junta de Freguesia de Ega © 2024
Ficha técnica