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Cal
Forno de cal, Ega
Forno de cal, Ega
   
   
Forno de cal, Ega
Os solos ricos da região alimentaram a indústria da cal, que entre o século XIX e o século XX foi dos produtos característico da Ega, considerada capital da cal da zona centro. Muitos destes fornos ainda existem e podem ser apreciados, mas encontram-se desativados e alguns num estado avançado de abandono.
Foi um produto muito utilizado até meados do século XX, quer na construção civil quer na agricultura como fungicida aplicado às videiras.
A indústria da cal era familiar e não envolvia muita mão-de-obra. Alguns dos fornos ativos na Ega em meados do século XX pertenciam às famílias Carecho, Pereira e Bicho. Na Serrazina, o forno, entretanto doado à associação local, pertencia a José Maria Simões Madeira, conhecido por Zé Casaleiro.
Também na Rebolia se produzia cal, o que lhe garantiu o título de Rainha da Cal, que o rancho folclórico usou como lema.

O processo

A cal era obtida por transformação térmica do calcário sujeito a elevadas temperaturas. Era uma atividade sazonal, que normalmente decorria durante o mês de abril, quando as lenhas se encontravam mais secas para arder melhor.
Na Rebolia, trabalhavam quatro homens em cada forno, divididos em turnos de doze horas para manter o lume aceso e o forno ativo. Havia mais dois a cortar lenha e a transportá-la para o forno e depois alguém que a levava para os locais de venda, normalmente o dono. Estes fornos de cal eram construídos com tijolo capaz de suportar altas temperaturas, com cerca de 4m de altura, forma cónica e uma câmara onde se ia pondo a lenha que alimentava o fogo.
O combustível nunca podia faltar ao longo deste processo. O resultado era a transformação do calcário em óxido de cálcio, vulgarmente conhecido por cal em pedra ou cal viva. Em contato com a água desintegrava-se e formava uma pasta através de uma reação que libertava muito calor, e que depois de secar se desfazia originando pedras ou pó. De salientar também que para produzir 100 toneladas de cal eram necessárias 300 toneladas de rocha calcária.
Para trocar de turnos tocavam um búzio grande que produzia um som que se ouvia a cerca de três quilómetros. A cal era medida em fangas, que equivalem a quatro alqueires.

Testemunhos

De acordo com a memória popular, os três ou quatro fornos que funcionavam na Rebolia pertenciam a Manuel Barreira, ao Martins e ao Ti Augusto. José Santos, também conhecido por Zé Canteiro, trabalhou nos fornos durante a juventude.





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