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Azeite
Olival, Arrifana
Olival, Arrifana
Safra, 1937
Safra, 1937
   
   
Olival, Arrifana
A região da Ega beneficia de um solo e de um clima favoráveis à cultura da vinha, dando origem a vinhos aromáticos e macios. A maior parte do vinho é feito a partir de vinhas mais antigas. As castas mais comuns são a uva Alicante, Trincadeira para os vinhos tintos e Fernão Pires e Cerceal para os brancos.
Pertencendo às Terras de Sicó, os vinicultores da Ega poderão beneficiar da demarcação da área geográfica de produção, inserindo-se na sub-região do Vinho Regional Beiras. No entanto, a reduzida dimensão das parcelas de cultivo obriga a que, para a maior parte dos produtores o fabrico de vinho seja apenas uma atividade complementar, servindo para consumo próprio e para oferta a amigos e familiares, sendo raramente utilizado para venda.

Produção de Azeite

Depois da apanha, os lavradores transportavam a azeitona para o lagar em carros de bois ajustados com taipas capazes de segurar a azeitona dos fartos tombos nos caminhos agrestes. Assim que chegavam, eram colocados à vez, por ordem de chegada, na fila da espera. Como era serviço demorado, os lavradores colocavam os carros com a azeitona na fila e levavam os bois para mais um dia de trabalho na terra. Incumbia-se aos oficiais do lagar, os lagareiros, o andamento da fila, puxando, pela vez, o próximo carro com a azeitona em espera.
A primeira fase era a moagem da azeitona em galgas, que rodavam e esmagavam a azeitona. Juntava-se a água quente à azeitona moída formando uma pasta que seria colocada depois sobre seiras planas em camadas umas sobre as outras. Uma "enseirada" suportava à volta de 560 Kg de azeitona.
Aí eram prensadas por máquinas hidráulicas, noutros tempos seriam por homens, e era dessas prensas que escorria o "sumo da azeitona" para uma pia, designada de tarefa, onde permaneceria em repouso 24 horas para apurar.
O dono das azeitonas era agora chamado para fazer a medição do azeite. O mestre do lagar sondava a mistura da tarefa com uma vara, vara esta que informava a quantidade de azeite que estaria na pia, pois esta estaria separada da água que tinha escoado para o fundo. O azeite era retirado com uma púcara para um cântaro. Um décimo da produção ficava no lagar como forma de pagamento do serviço. Em média, uma prensada rendia cerca de 80 litros de azeite. O resto da massa, o chamado baganho, poderia ainda ser vendido pelo lavrador para alimentação de animais ou para a feitura de óleo.
Quando o lavrador vinha medir o azeite, trazia de novo os bois para depois transportar o azeite para casa, agora colocado em barris de madeira.

A Safra

Na safra da azeitona juntavam-se ranchos que faziam a apanha cantando à desgarrada. Em anos de boa colheita os proprietários dos olivais faziam uma festa no final. Maria de Lurdes Serralha e António Serralha lembram-se destas festas que aconteciam depois da apanha.
De acordo com o seu testemunho, quando a safra era boa enfeitava-se o ramo da Oliveira mais carregado e os trabalhadores seguiam atrás em procissão. O ‘patrão' ia à frente, um empregado levava os ramos, os ‘padrinhos' diziam os motes e toda a gente cantava. Como não poderia deixar de ser, uma das cantigas que todos entoavam era a "Oliveira da Serra".
Um desses anos foi 1937. Segundo Fernando Pereira, o seu pai, António Pereira, dono da Quinta do Cunha que possuía um extenso olival, teve nesse ano uma safra abundante, por isso no fim houve festa, com comida para todos e sanfona a animar o baile.





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