O título de Conde de Ega foi atribuído em em 1758 por D. José a
D. Manuel de Saldanha e Albuquerque. Aires Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha, filho de Manuel Saldanha, foi o segundo Conde da Ega, alcaide-Mor de Soure e de Guimarães, gentil-homem de câmara de Dona Maria e embaixador em Madrid. Casou com a sua prima Maria José do Carmo Xavier de Almada, de quem tem vários filhos.
Por morte desta, casa em segundas núpcias com
Juliana Luísa Maria Carolina Sofia de Oyenhausen e Almeida, considerada uma das mulheres mais bonitas da corte portuguesa.
Aires Saldanha e Juliana ficam na História pelo entusiasmo com que receberam os franceses e pelo apoio e proximidade que mantiveram com o general Junot, que os acolheu em França quando foram obrigados a sair de Portugal. A colaboração com os franceses durante as invasões faz com que o Conde da Ega seja julgado por traição à pátria em 1811, quando já se encontrava em França. Bens e títulos foram-lhe confiscados, mas a influência política e persistência da Marquesa de Alorna fizeram com que fosse ilibado, tendo regressado à Pátria antes de morrer.
Após a morte do Conde, em 1827, a Condessa da Ega, sua viúva, casa com o Conde russo Stroganoff e é a ela que se fica a dever a introdução na culinária portuguesa de pratos como a sopa Juliana e o Stroganoff de carne.